sexta-feira, 24 de julho de 2009

Parafraseando Cazuza...

Deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida...

Confesso que não tenho muita paciência pra falar de mim. Talvez por não ter muito saco pra auto-análise é que eu seja feliz, simplesmente porque decidi não teorizar nem burocratizar a felicidade.
Felicidade é bom, mas às vezes irrita, aí vem os momentos de agonia pra trazer de volta o equilíbrio e lembrar como é bom ser feliz. O fato é que quando se é feliz tem-se uma facilidade grande de atrair pessoas que ainda presas a padrões de felicidade, irritam-se quando não se percebem felizes e acabam se afastando de você.
Tudo bem, a vida sem dialética também não tem graça!
E é por isso que contradizendo o que eu sempre digo, resolvi me mostrar um pouco mais nesse blog; escrever algumas coisas minhas pra ver se não me sinto um plágio tão grande dos poetas.
Ah, os poetas... eles me decifram mais do que eu a mim mesma... fui escrita numa espécie de código antigo que só as almas profundas mesmo... [mas esse é um outro capítulo]
Esses dias (em abril ou maio) revi metade da minha vida nas letras de Cazuza e entrei em ebulição vendo um DVD. Resolvi parafraseá-lo aqui:
Não me elegeram a Garota do Fantástico,
Me sinto um museu de grandes novidades.
Sou exagerada até nas coisas mais banais,
Pra mim é sempre tudo ou nunca mais.
Mentiras? Só as sinceras me interessam.
Lavando a cara de manhã, pergunto pro espelho:
Por que a gente é assim?
Eu sei, eu não posso causar mau nenhum,
Mas tudo bem, eu vou pagar a conta do analista
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou!
Quem sabe ainda sou uma garotinha, esperando...
Pequenas porções de ilusão...
Bobeira não viver a realidade!
A vida é louca e breve!
Quem tem um sonho não dança,
Então eu fui alistada pela Faculdade.
Pude seguir a minha estrela,
Ganhar ou perder, sem engano;
Não há promessas, é só um novo lugar.
Hoje, mudo plantas de lugar,
Nadando contra a corrente
Pra exercitar o músculo que sente.
Meu cartão de crédito é uma navalha
Mas de vez em quando tenho tempo pra cantar,
Transformar o tédio em melodia
Deixando escapar segredos...
A nossa música nunca mais tocou,
Mas essa é a vida que eu quis!
Raspas e restos me interessam!
Meu pai dizia: Jovem, você está muito avançada!
Ele via o futuro repetir o passado
E eu acreditava: A sociedade está pronta pra ligar o alarme.
Hoje vejo que a poesia a gente não vive
É só a mentira que a minha vaidade quer.
Jovem, você votou errado!
Meu partido é um coração partido...
Desperdicei o meu mel entre os meus inimigos, beija-flor
E os meus inimigos estão no poder.
Pois assim se ganha mais dinheiro...
Eu vejo grana, eu vejo dor
E nessa novela eu não quero ser seu amigo.
Mas, Ideologia?! Eu tenho uma pra viver!
Vem comigo, no caminho eu te explico, vai ser divertido!
Não ligue pra essas caras tristes
Cada aeroporto é um nome no papel...
O dia faz tudo pra ficar infinito
E viver só é bom nas curvas da estrada.
Partida e chegada, despedidas desnecessárias
Ninguém vai nos perdoar, mas nosso crime compensa.
Vivo pra que qualquer um na rua, beija-flor, possa não viver.
Pra que o Brasil não precise de sócio, nesse novo negócio...
Pro dia nascer feliz e não viver da caridade de quem me detesta.
Confie em mim! E agora vambora...
Eu largo tudo, carreira, dinheiro, canudo
Pra ninguém precisar mendigar, roubar, matar
Pra poder usar de tanta Educação,
Ser pão, ser comida e algum trocado pra dar garantia.
Eu sou poeta e to aprendendo a amar...
Tranqüilo? Só se for com sabor de fruta mordida.
Café sem açúcar, dança sem par...
Solidão que nada! Não me avise quando for embora!
Odeio amor inventado...
Quero todo amor que houver nessa vida!
Matar a sede na saliva com mil rosas roubadas
Nem sempre a dois, mas com tanta coisa em comum
Segredos de liquidificador: chora e se abre, acaba e reata comigo
Paixão cruel desenfreada, exagerada...
Destinos não são traçados na maternidade.
Por enquanto vou fechando e abrindo a geladeira a noite inteira
Fantasiando em segredo o ponto onde quero chegar.
Me dá um medo...
Para um plágio descarado até que ficou bem original!!!
[coisa minha... abril/maio 2009...]