segunda-feira, 31 de agosto de 2009

4º Motivo da Rosa

Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.

[Coisa de Cecília Meireles]

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Aos meus amigos Loucos e Santos

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça”.

[coisa de Oscar Wilde...]

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Praqueles Amigos...

[título descaradamente roubado de um deles...]

Tentei descrever amizade
Não encontrei substantivos comuns, nem abstratos
Só me vieram à mente
Sujeitos incomuns, de nomes próprios e predicados
Não precisei de criatividade
Listei os amigos que a vida trouxe
E me levou a saudade.

Tem os de perto
Que a gente despreza e nunca tem tempo
Mas sempre liga quando precisa ligar.
Tem os de longe
Que a gente queria estar perto
Pra dividir segredos, prantos e cantos.
Tem os de muito tempo
Que o tempo levou pra longe
E a vida de vez em quando traz.
Tem os de pouco tempo
Que a gente pensa que conhecedavidatoda
E que o tempo nem faz diferença.
Tem os que a gente vê de vez em quando
Pra esses o tempo nunca passa
A alegria do encontro é sempre de primeira vez.
Tem os de infância
Que dá saudade lembrar
Das peripécias, das frutas roubadas do pé.
Tem os do peito
De quem o peito dói de pensar
Que um dia não estarão mais aqui.
Tem os que você moraria junto
Esses são confluências de alma
Essa coisa de família mesmo
Tem os que lutam contigo
Esses trazem a estrela da lealdade
E o objetivo de alcançar os sonhos.


Enfim... tenho muitos amigos...
Não poderia nomeá-los,
Talvez juntá-los com discos e livros
Em uma casa no campo.
Mas todos estão em algum lugar desses versos
De todos carrego um pedaço comigo
São parte do que me torno a cada dia.
Continuo evitando as despedidas
Pra que possa senti-los sempre perto
São almas puras, as puras almas que me entendem...

No final da descrição
De pensar descobri
Que amizade = a amor
Um amor gostoso e sem fim...


[coisa minha... Julho 2009]
"Nesses versos perdidos,
Muitas vezes sem sentido,
Preencho o vazio calado.

Perdido nesses versos,
Imerso nos pensamentos,
Suspensos meus sentidos.

E falo quando canto
E ouço quando pranto
E vejo quando ombro
E sinto quando espero

E espero…
Sem sono, com pulso e razão
A minha alma alegrar-se
Nesses versos sentidos
Praqueles amigos"

Gustavo Siqueira


[coisa de GuGui... meu pivetinho preferido...]

sábado, 1 de agosto de 2009

Recados...

No bar, Quintana
Drumond, na cama
De Barros faz compra
Romano encanta
E se há dúvida... Neruda!

Por ser Jesus, um Bispo
E por que não um Padre?
Pra acabamento da arte
Uma dama Feliz.

Na poesia que ninguém explica
De métrica imprecisa,
Está a tríade que ninguém construiu
As memórias de dias
Que fascinam por si e só.

[coisa minha... fevereiro de 2009]


O terceiro elemento era o ar.
Chegou como brisa
Invadiu a casa
Espalhou sentimento
E foi embora com o vento.
Não sabia ser esse tal de elemento.

[coisa minha... julho de 2009]

Para os dois elementos... dois pensamentos...