segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Uma felicidade assim tão irradiante.....

Era uma vez uma menina que queria ser feliz. O problema é que sua ingenuidade de criança não conseguia formar conceitos assim tão complexos e ela enxergava felicidade em tudo, assim, ficava meio confusa se ela era mesmo feliz ou não. Tinha dúvidas se alegria e felicidade eram sinônimos ou complementos e se era possível a pessoa ser feliz ficando triste em alguns momentos.
Esperta e curiosa, resolveu que seria cientista. Inventaria uma fórmula da felicidade, colocaria num frasco e distribuiria para todas as pessoas tristes e ranzinzas que conhecia. O primeiro frasco já tinha destino certo: iria para a senhora da venda que nunca respondia ao bom dia que ela dava.
Sua primeira tarefa de cientista era perguntar pra todo mundo o que era felicidade. Tinha que anotar todas as respostas: de gente grande e de gente pequena, de gente feliz e de gente triste e também de gente que nem tinha muito tempo pra pensar sobre isso.
Rua acima e rua abaixo ia perguntando a todo mundo que encontrava: "Você sabe me dizer o que é Felicidade?" As pessoas assim, meio pegas de surpresa iam dando as respostas mais inusitadas. Houve quem dissesse que isso não tinha resposta, ou quem tivesse respondido tanta coisa que ela nem conseguiu anotar; a mulher ranzinza da venda até se chateou e disse que ela era uma menina muito perguntadeira e que isso era coisa de gente sem educação. Para a surpresa dela, as respostas mais bonitas eram as das crianças, que diziam dos sentimentos que estavam no fundo do coração. As crianças não tinham vergonha de dizer o que achavam e pra elas a felicidade podia ser desde um bolo de chocolate até muitos beijos e coceguinhas do pai e da mãe, podia ser brincar até cansar, rir do palhaço até a barriga doer, brincar na rua em dia de sol ou fazer cabaninha em casa no dia de chuva. Todas as crianças eram felizes, mesmo tendo dias em que chorassem de dor de barriga, de machucado no joelho ou de machucado no coração.
Chegou a conclusão de que os adultos vão roubando a felicidade das crianças. São tantas regras e padrões pra ser feliz, que passam o resto da vida tentando e nunca conseguem. Ela achava que era tão simples, tinha certeza de que a felicidade estava em todas as coisas, sabia que sorrir era a melhor coisa da vida e definitivamente não entendia porque os adultos complicavam tanto. Foi aí que teve a brilhante idéia... tinha encontrado a tal fórmula. Pegou vários pedaços de papel colorido, escreveu algumas palavras, dobrou com cuidado e colocou dentro de pequenos frascos. Saiu pelo bairro todo distribuindo sua Fórmula da Felicidade e qual não era a surpresa das pessoas quando abriam o frasco e encontravam escrito naquele papelzinho colorido, com letras tremidas de criança "Esqueça que você cresceu e continue sendo criança"


[Coisa minha em 25/10/10. Dia de muita felicidade... marcando o meu retorno a este blog (sob o pedido persistente de Mateus) e a propósito, agora eu tenho 25 anos!]

2 comentários:

Mateus Lima disse...

q feliz aniversário hein!!

delicia de post.

fiquei aqui com ele aberto dias pra comentar algo mais elaborado, talvez buscando acertar e te deixar feliz em ler...
mas acho q vc ficaria feliz em ver, me ver, olhar no olho, e nada precisaria comentar.

é assim q to tentando ser feliz, olhando nos olhos, e dentro deles.

um bjo enorme pra vc!!!

Nancy Duque Magno disse...

Eu amo a menina que mora dentro de você!!!!!
Cresce não...
Saudades da Mamãe....